Sentimento sem nome

Na noite dos tempos surge uma estrela que brilha deformada, ora ofuscada por nuvens de sobriedade, ora confundida por luzes de novidade. Mas com brilho timido e torto pulsa como pulsa uma cicatriz risonha e dolorida que fora incomodada por delicadas punçadas. Seu fenomeno circunda-se de indefinições e na imensidão do universo perde-se o céu que aconchega e sustenta o brilho da estrela. No céu sugerido, a lógica da inconveniencia denuncia a indecencia da instalação. O céu adequado desmorona-se na métrica descontínua. E a falsidade da incerteza é o espinho da esperança ou da desesperança, dependendo exclusivamente de quantos anos luz a dor precisa pra diluir-se no calor da estrela. Nasce o sol, dissolve-se a noite. A dor atrofia e o fôlego recupera a anestesia. Num piscar de olhos o sono se decompõe em singelas cornetas a berrar a assimetria perfeita dos tempos, a noite está chegando e o nome desse sentimento continua perdido no vácuo…

http://www.youtube.com/watch?v=OR1_dmqAoGY

Sobre Juka

Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?
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Uma resposta a Sentimento sem nome

  1. Nah diz:

    Jukaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
    sem palavras, nem sei o que dizer a não ser PARABÉNS pelo texto e pela música escolhida, claro.Ambas se encaixam e de certa forma se completam….

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