Ah… esse olhar

jack2

Era uma quarta feira e o dia havia sido terrível. Frenético, bruto, humilhante e um tanto quanto sarcástico. O metrô parô. No meio do nada. Fétido, brutalmente lotado, abafado, desconfortável, impune, barulhento. Uma voz anasalada e anêmica anuncia uma falha elétrica. Naquele buraco, amparado por múltiplos contatos humanos indesejados, lembrava dos fatos de alguns minutos atrás. Continuar a ler

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Hank, uma dose…

... o velho Hank

…Ainda trazia aquele sorriso ao me ver, e tinha um ar diferente, mais mulher. Gostava de vê-la de novo, é como ver aquele filme que você adora do Woody Allen numa versão em Blue Ray, você sabe a história, você sabe o final, certo que já conhece todas as falas e ações dos personagens, mas é bom ver de novo.

“Desculpa minha cara de ressaca, é que as doses de whisky se tornaram mais fortes e constantes desde que você se foi”. Continuar a ler

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Valeu a pena

uh

Era meio da semana ainda. Estava eu completamente atrapalhada, deslocada, as mãos tremiam sem nenhum motivo. Quando alguém perguntava: “Vai viajar?” era como se estivesse me denunciando e eu com a voz oscilante, dizia: “Preciso.” Eu precisava fazer alguns trabalhos e tal, mas a minha necessidade era de viver a minha mentira mais bem contada, Continuar a ler

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Ressaca

olhos ressaca

Não posso dizer que era a melhor manhã que já vira frente o mar. O tempo estava meio indeciso, meio inseguro. As vezes podia ser frio ou apenas um mormaço. Mas isso não fazia muita diferença, o mar ainda era maior. E lá estava eu, caminhando de peito estufado e sorriso bonito, sentindo levemente o gelo da água que batia nos meus pés e logo fugia para dentro do mar. Continuar a ler

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Saudades de você; alívio

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Algum tempo depois do silêncio trágico, após um desabafo tão íntimo, prenuncia a constatação de que aqueles rostos indignados e decepcionados inspiravam se na minha suposta vileza, porém nesse desacerto do distanciamento é que eu me fazia uma só carne com a pessoa distanciada Continuar a ler

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Sentimento sem nome

Na noite dos tempos surge uma estrela que brilha deformada, ora ofuscada por nuvens de sobriedade, ora confundida por luzes de novidade. Mas com brilho timido e torto pulsa como pulsa uma Continuar a ler

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Saudades de você; o vômito

Isso me lembra um gatinho. Ou um viralata, que fica girando em torno de si mesmo e deita no mesmo tapete velho de sempre. Gira como se procurasse algo de novo no tapete surrado no chão, o mesmo tapete que tanta gente pisa, o mesmo tapete que vê as pessoas e o tempo passar tão indiferente como se tudo do futuro ou do presente fosse um advento de um passado certo e igual. E é nesta falácia surrada que o viralata ou o gatinho gira, gira, gira… E deita, como sempre.

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Uma bela pedra

Um café frio e sem açucar, vento gelado cortando o rosto,  aquela sensação de “já vi esse filme”, enfim, uma reflexão leve… Continuar a ler

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Marcas…

De fato eu já estava cansado dela cansada de me perguntar: “Que marca é essa ai no seu braço?”

Todo dia era a mesma história, acabava de me encontrar e parece que mais nada em mim chamava atenção “Amor, que marca é essa ai no seu braço?”; “Que foi que aconteceu hein?”; “Ta ficando roxo isso daí. Você caiu?” Continuar a ler

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Expresso sem açúcar

Me lembra aqueles dias com ar parisienses, a rua bem movimentada para umas três ou quatro horas da tarde. Ela chega sem muitas palavras, sem aquele salto alto anunciando a presença, o olhar vazio, aquele mesmo olhar vazio que eu negava em perceber noites atrás, dias atrás… Continuar a ler

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