Marcas…

De fato eu já estava cansado dela cansada de me perguntar: “Que marca é essa ai no seu braço?”

Todo dia era a mesma história, acabava de me encontrar e parece que mais nada em mim chamava atenção “Amor, que marca é essa ai no seu braço?”; “Que foi que aconteceu hein?”; “Ta ficando roxo isso daí. Você caiu?”

Tentava disfarçar, mas ela já não se satisfazia com os meus “Ah isso não é nada” e continuava insistindo, e nessas horas eu até agradecia – os dias que meu Arsenal perdia no futebol ou então quando o dia no trabalho tinha sido “o cão” -, tinha motivação pra começar uma briguinha e tirar toda a atenção daquelas marcas que só eu sei.

Só eu sabia né? Por que agora ela e você caro leitor estão prestes a saber.

Tudo bem vou confessar… As vezes eu me mordo… mordida mesmo…. forte…. principalmente nos momentos em que estou sozinho pensando em você.

Começou a dois meses atrás quando eu percebi que tinha encontrado em você algo único, inspirador e que a gente sonha quando tem lá os seus 15 anos de idade, mas quando a gente apanha pra lá e pra cá do coração, essa coisa de amor de filme de sessão da tarde parece utopia.

E ai eu me mordi pela primeira vez, pra saber que era real, que era a vida ali e nenhum sonho. Corria o risco de acordar e perder todo aquele momento perfeito, mas eu precisava saber, eu precisava ter a certeza.

E toda as vezes que eu te encontro e depois a gente se separa e eu fico assim – sozinho- pensando em você, eu me mordo, me belisco, me aperto, me arranho, deixo marca mesmo… …e fico feliz em saber que você é mais que um sonho.

Tudo bem que as marcas tem aumentado e estão ficando roxas mesmo, só que os caras lá no bar nem perceberam… nem comentaram, teve gente que até disse que eu to com um brilho diferente no olhar… e como diz aquela música que não saí do meu ipod nesses últimos dois meses: “Você me faz tão bem.”